A gripe aviária voltou a ser destaque no Brasil após a confirmação de casos em aves comerciais, colocando em alerta autoridades sanitárias, produtores e a população em geral. Embora o vírus não seja novidade no mundo, seu avanço recente reacende memórias de surtos anteriores que impactaram fortemente a avicultura e causaram temor por possíveis transmissões a humanos. A chegada do vírus ao território brasileiro, especialmente no Rio Grande do Sul, levanta dúvidas sobre os riscos à saúde pública, os sintomas em humanos, formas de contágio e os cuidados que devem ser tomados.
O que é a gripe aviária e como ela surgiu?
A gripe aviária é uma infecção causada pelo vírus Influenza A, sendo os subtipos mais comuns o H5N1 e H7N9. Inicialmente, o vírus foi identificado em aves domésticas na Ásia, no final do século passado, e logo se espalhou por outros continentes devido às migrações das aves silvestres.
No Brasil, os primeiros casos foram confirmados em aves silvestres em 2023, chegando recentemente ao Rio Grande do Sul, atingindo também aves comerciais.
A transmissão da gripe aviária para humanos ocorre principalmente pelo contato direto com aves infectadas ou superfícies contaminadas por secreções dessas aves.
Geralmente, pessoas que trabalham diretamente com criação ou abate de aves têm maior risco. A transmissão de humano para humano é extremamente rara e não é sustentada, ocorrendo principalmente em contatos muito próximos e prolongados com pessoas infectadas.
Para evitar a contaminação, recomenda-se evitar contato direto com aves doentes ou mortas, manter boa higiene pessoal, cozinhar bem carnes e ovos antes de consumi-los, e lavar as mãos frequentemente.