O Alcorão proíbe definitivamente o consumo de carne de porco, bem como o sangue e a carne de animais mortos e de animais que foram sacrificados sem conformidade com a religião islâmica. É necessário pronunciar o nome de Allah sobre cada animal durante o seu abate ritual.
Por esta razão, o Maranhão se prepara para inaugurar o primeiro porto de exportação de animais vivos do norte/nordeste, a partir da ZPE de Bacabeira (50 km de São Luís) nas terras de Seu Chico Dantas. Será o terceiro porto da região mas o único que terá uma logística para confinamento e embarque de animais vivos.
Localizado na foz do rio Mearim, numa área de 290 hectares, um grande complexo portuário está sendo negociado com um grupo internacional, com o objetivo de preparar a área para este tipo de atividade, dentre outras. Segundo o idealizador e agente comercial, Adriano Monte, além de uma grande área de confinamento que receberá o gado originário do Maranhão, Pará, Piauí, Tocantins, Mato Grosso e Norte da Bahia, áreas diferenciadas para armazenar grãos, minérios, fábricas de transformação e outras commodities.
As carnes proibidas pelos muçulmanos são as de porco, das aves de rapina, do cão, da serpente, do macaco. O consumo de animais com garras, como leões e ursos, é proibido, bem como de animais considerados repulsivos (baratas, moscas etc.). O mercado muçulmano, islamitas de forma geral, daí se incluem os indianos maior país do mundo (Muçulmanos são cerca de 15% da população da Índia) que, de acordo com os dados da ONU, a população da Índia alcançou em 2023, 1.428 bilhão de habitantes, tornando-se ligeiramente superior à da China, que é estimada em 1,425 bilhão. Ou seja, um dos maiores mercados mundiais. A China por sua vez tem mais de 20 milhões de muçulmanos. Calculamos que o universo de consumidores de “boi em pé” seja maior do que toda a população brasileira.