O falecimento do Papa Francisco, aos 88 anos, nesta semana, provocou comoção mundial — e ao mesmo tempo reacendeu uma série de teorias e profecias que apontariam para o fim da Igreja Católica como a conhecemos. Entre elas, a mais citada é a enigmática Profecia de São Malaquias, atribuída a um arcebispo irlandês do século XII.
Segundo o documento, que lista 112 lemas para os papas que regeriam a Igreja até o fim dos tempos, Francisco seria o último, identificado com o lema “Petrus Romanus” (Pedro Romano). A profecia termina com um alerta sombrio:
“Na perseguição final da Santa Igreja Romana reinará Pedro Romano […] e quando essas coisas forem concluídas, a cidade das sete colinas será destruída, e o juiz terrível julgará o povo.”
Francisco, cujo nome de batismo é Jorge Mario Bergoglio, era filho de italianos e tinha forte perfil pastoral — aspectos que reforçam, para os crentes na profecia, a associação com Pedro Romano.
Outras previsões sobre o fim da Igreja
A profecia de São Malaquias não é a única fonte de especulação sobre um possível colapso do catolicismo.
1. Terceiro Segredo de Fátima
Revelado parcialmente pelo Vaticano no ano 2000, o terceiro segredo envolve uma visão de um “bispo vestido de branco” que seria morto junto com outros religiosos. Muitos interpretaram isso como uma alusão a um papa martirizado ou a um futuro ataque à cúpula da Igreja. Embora o Vaticano associe o segredo ao atentado contra João Paulo II em 1981, setores conservadores sustentam que a parte mais impactante do segredo nunca foi revelada.

2. Profecias de Nostradamus
O astrólogo francês Michel de Nostradamus também teria feito previsões que, segundo alguns intérpretes, apontariam para a dissolução da Igreja. Uma das quadras mencionaria “o grande pastor sendo golpeado” e uma “nova seita surgindo de Roma em ruínas”.
3. Visão da Irmã Lúcia (Fátima)
Além dos segredos formais, cartas e testemunhos atribuídos à vidente portuguesa Lúcia dos Santos mencionam uma “grande apostasia” que começaria “do topo da Igreja” — frase usada por tradicionalistas como uma crítica ao papado moderno e, especialmente, ao pontificado de Francisco.
4. Teorias contemporâneas
Nos últimos anos, o papa argentino foi alvo de críticas internas por sua postura progressista em temas como acolhimento à comunidade LGBTQIA+, ordenação de homens casados em regiões remotas e combate à crise ambiental. Para setores ultraconservadores, esses gestos representariam um afastamento da doutrina tradicional, interpretado por alguns como sinais da “grande apostasia” prevista nas escrituras.