Uma demanda histórica na educação infantil e que Fortaleza ainda caminha, cheia de desafios, para tentar atender: o amplo acesso a vagas na educação infantil. Na Capital, cerca de 40 mil crianças estão matriculadas em unidades municipais (nos Centro de Educação Infantil, que une creche e pré-escola, com alunos de 0 a 5 anos) e nas creches conveniadas com a Prefeitura (com crianças de 0 a 3 anos). Mas, a fila de espera por vagas em creches tem, no atual momento, pelo menos, 4.700 famílias, segundo informou o secretário de Educação, Idilvan Alencar.
A meta da atual gestão, que foi uma das promessas de campanha do prefeito Evandro Leitão (PT) na área da educação, é zerar a fila de espera das creches. Um objetivo desejável, mas “ousado” tendo em vista o ritmo histórico de ampliação de vagas na educação infantil em Fortaleza.

Esse número de 4,7 mil famílias, segundo explicou o secretário, pode ser ainda maior, já que o quantitativo é referente ao controle feito pela Secretaria Municipal de Educação (SME) a partir do Registro Único, listagem adotada pela Prefeitura para identificar a demanda de novas matrículas. Essa conta é feita a partir dos pedidos formais feitos por pais ou responsáveis junto às creches e escolas. Esse cadastro flutua, pois a busca por creches pode ocorrer em qualquer momento do ano letivo.
“Esse número pode ser maior porque, às vezes, a mãe tem a demanda e nem está cadastrada”, reitera Idilvan. Para tentar reduzir essa fila, o secretário destaca que 3 estratégias estão sendo idealizadas pela nova gestão. São elas:
- Construção de novas creches;
- Ampliação das creches conveniadas;
- Aumento da estrutura física das creches já existentes para ampliar o número de vagas nessas unidades.
Em Fortaleza, assim como em outras grandes cidades, o problema do acesso às creches é “crônico” e, além das crianças, afeta, sobretudo, as mães e responsáveis, que veem o direito ser negligenciado, sentem no dia a dia o efeito dessa falta de acesso.