Apesar de já estarmos no século XXI e havermos adotado a IA – Inteligência Artificial (ou algo parecido), na maioria dos prodecimentos da gestão pública, ainda convivemos com aberrações que colocam os intere$$es em primeiro lugar, abandonando totalmente o principal ator do processo que vem a ser: “o cidadão”.
Nas cidades não se constroem as calçadas para pedestres (estas são em sua maioria usadas para estacionar veículos), reclama-se da fedentina dos centros urbanos mas não se colocam lixeiras, nem se proporcionam banheiros e nem sequer se educa a população a manter as cidades higienizadas. Ou seja, falta humanizar a gestão. Pensar mais no cidadão e menos na arrecadação.
Nos Estados, em sua maioria, abrem-se estradas sem alargar os encostamentos, soltos, os animais domésticos provocam acidentes e prejuízos que ninguém aparece para pagar. Algo desumano, principalmente se for no escurecer da tardinha.
No país, tomam-se iniciativas que chocam os interesses da maioria, principalmente quando o executivo publica uma medida provisória sem consultar o legislativo, como foi essa agora de exigir visto para turistas de vários países, provocando o cancelamento de milhares de reservas em hotéis, pousadas e outros equipamentos turísticos.
A Política Nacional de Humanização, pautada nos princípios da inseparabilidade entre a atenção e a gestão dos processos de produção, transversalidade, autonomia e protagonismo dos sujeitos envolvidos nas decisões, não é levada a sério. Sempre são colocados prioritariamente os indivíduos mais chegados, e a massa sofrida, deixada de lado. O fator ser humano é irrelevante, mesmo sabendo que os políticos de caneta na mão, gastam em média R$ 1.000/dia para alimentação, distribuem R$ 600 para que famílias de 4 pessoas se alimentem durante um mês. É desumano.
O MPL, Movimento Piauí Livre estuda um plano de humanização da política para que a população tenha além das “três refeições” dignas, uma renda de pelo menos R$ 10 mil oriunda de seu trabalho com produção de alimentos (animais e vegetais).
Segundo seu líder e coordenador, Jorge Lopes, ex-Secretário de Esportes e Diretor da Emater, o Plano de Agricultura Familiar MPL focará na produção de alimentos para subsistência (arroz, feijão, milho, macaxeira, verduras e frutas (banana, melão, melancia, goiaba e maracujá), que vem a ser o habitual, mas, além dessas serão implantadas cooperativas para o plantio de abacate, tangerina ponkam, laranja e limão, acerola e pitaya e árvores floríferas para manutenção de colméias que produzam mel orgânico. Também serão doadas duas matrizes suínas e seis galinhas caipiras para produção de proteina animal.
Com a devida capacitação tecnológica e assistência direta no período de dois anos, O MPL garante que transformará o setor primário, colocando o hoje sofrido cidadão em potenciais empreendedores produtores de alimentos. Este é o entendimento do movimento, seguindo o pensamento de Confúncio: ” Se deres um peixe a um homem ele comerá por um dia, mas se o ensinares a pescar ele comerá a vida inteira “.
Jorge Machado