O presidente salvadorenho Nayib Bukele chegou à Base Conjunta Andrews, em Washington, na tarde de ontem, sábado 12.04, com dois dias de antecedência da visita oficial com Donald Trump, marcada para segunda-feira, 14.
A Casa Branca confirmou recentemente que os governantes irão discutir a deportação de mais migrantes indocumentados para serem alojados no Centro de Confinamento do Terrorismo, a megaprisão salvadorenha recém-construída para abirgar até 40 mil apenados.
Donald Trump postou no sábado em sua plataforma de mídia social, Truth, que estava ansioso pela visita de Bukele: “Nossas nações estão trabalhando juntas para erradicar organizações terroristas e construir um futuro de prosperidade”, escreveu.
Ele também confirmou que esses indivíduos agora estão sob a responsabilidade do governo salvadorenho. “Esses bárbaros estão agora sob a custódia exclusiva de El Salvador (…) O futuro deles depende do presidente Bukele e de seu governo.”
Em março, 250 deportados pertencentes à organização criminosa venezuelana Tren de Aragua, segundo o governo dos EUA, foram enviados para El Salvador, apesar dos questionamentos sobre a legalidade do acordo de imigração.
Legalidade questionada
Em 9 de abril, um grupo de 22 democratas da Câmara dos Representantes dos EUA exigiu respostas do Secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio, sobre o acordo com El Salvador para deportar migrantes e também alertou sobre os riscos de violações de direitos humanos que eles podem enfrentar no Centro de Confinamento do Terrorismo.
Informação divulgada pelo portal estadunidente Politico diz que há conversações entre membros do governo dos EUA para converter parte da megaprisão salvadorenha em território americano, com o objetivo de evitar contestações legais em torno do acordo. O governo salvadorenho, ainda de acordo com o veículo de notícia, já tinha conhecimento dessa informação.