O prefeito da cidade de Potiretama, no Ceará, Luan Dantas Felix (PP), é investigado pela polícia por suspeita de ter mandado incendiar a fazenda de um advogado na cidade de Alto Santo, no interior do Estado, com ajuda de uma facção criminosa, por conta de uma briga política. O gestor foi preso na quinta-feira (3). Segundo o processo, o incêndio na propriedade do advogado ocorreu em 28 de maio de 2024, ocasionando a destruição de portas, janelas, móveis e eletrodomésticos do imóvel. Após o incêndio, a Perícia Forense (Pefoce) realizou uma vistoria no local e constatou o uso de óleo diesel.
Antes disso, a vítima já havia registrado um boletim de ocorrência por ameaças de morte que estava sofrendo por parte do prefeito.
O homem relatou à polícia que as ameaças ocorreram porque o atual prefeito achava que foi a vítima quem o denunciou à Procuradoria dos Crimes Contra a Administração Pública (Procap) sobre um posto de combustível de propriedade do prefeito, que estaria vendendo combustível superfaturado para a prefeitura.
Ainda segundo o advogado, além dele, outras pessoas estão juradas de morte pelo prefeito, sendo uma vereadora, um ex vereador que é dono de um posto de combustível e até um parente do próprio prefeito.
A vereadora de Potiretama, inclusive, registrou um Boletim de Ocorrência contra o gestor municipal. A defesa do prefeito afirma em nota que há “insuficiência de fundamentos” para prendê-lo, além de “ilegalidades”, e que solicitou habeas corpus.
“Estamos aguardando a sua distribuição a um dos desembargadores e nele há pedido liminar de revogação dessa prisão, seja pela insuficiência de fundamentos de seus decretos, seja pelas ilegalidades que nós encontramos ao longo dessa investigação. Aguardamos ansiosamente certos da presunção de inocência que goza o nosso cliente”, diz a nota. Investigação
Durante as investigações, a Polícia Civil descobriu que o incêndio foi planejado pelo prefeito Luan, em colaboração com um cunhado e ainda contou com a participação de Felipe Gomes da Silva, vulgo “Pajé”, que é membro do Primeiro Comando da Capital (PCC).