No domingo 16, durante um culto na Igreja Presbiteriana de Pinheiros, em São Paulo, o ministro André Mendonça, do Supremo Tribunal Federal (STF), fez uma pregação contra “perseguições e injustiças”.
“Por que Deus, diante de tanta injustiça, diante de tantas situações de perseguições, não intervém e faz cessar a injustiça e faz cessar as perseguições?”, interpelou o juiz do STF. “Ou ainda, quantas vezes talvez você não tenha se questionado: ‘Por que Deus permite que os ímpios prosperem, se beneficiem, vivam felizes, se realizem?”
Segundo o magistrado do STF, o “tempo de Deus” não se alinha com a realidade humana. Mendonça acredita que é necessário exercer a justiça e conduzir a vida pela fé, convencido de que Deus irá intervir.
“Não entendemos”, respondeu o ministro. “Não consigo dar a resposta clara de por que Deus tolera a injustiça. O que posso dizer é que Deus está vendo todas as situações. Ele quer que você não pratique a injustiça e quer que você seja justo.”
André Mendonça responde a cobranças por posicionamento “intempestivo” no STF
Mendonça se pronunciou em um culto evangélico há alguns dias, respondendo a pedidos por uma posição mais incisivo dele.
O magistrado do STF, sem fazer referência a indivíduos ou ações judiciais, afirmou que opta por agir “de forma sábia”.
“Releia Salmo 1″, disse. “Busque ali a sabedoria. O texto diz que o homem que a pratica é prudente e sábio. O homem que não a pratica é insensato e louco. Tem gente que quer que a gente aja com loucura. Muitas vezes eu sou cobrado dessa forma. ‘Tem de agir de forma, na minha palavra, intempestiva’, como agem os outros. Eu, não.”