A Justiça negou a devolução de quase R$ 1,3 milhão a empresários condenados no esquema do jogo do bicho. Os valores foram apreendidos ainda no início da investigação, em 2022. No ano passado, o grupo foi condenado por contravenção do jogo do bicho, lavagem de dinheiro e associação criminosa, e absolvidos de integrar/financiar organização criminosa, extorsão, porte ilegal de arma de fogo de uso permitido e tráfico de drogas. defesas deram entrada individualmente nos pedidos de restituição dos bens. O Ministério Público do Ceará (MPCE) foi contrário às devoluções. De acordo com as decisões dos juízes da Vara de Delitos de Organizações Criminosa, proferidas nas últimas semanas, “resta evidente que tratando-se de condenação por crime de lavagem de dinheiro, é prescindível declaração expressa quanto ao perdimento de bens na sentença condenatória”.
Cada um desses empresários foi sentenciado a quatro anos de reclusão, cumpridos em regime inicialmente aberto. O maior valor retido foi o do acusado Vicente Anderson Santos Aguiar. Com ele, foi encontrado, em espécie, o montante de R$ 536 mil apreendidos na sede de uma casa lotérica.
Segundo a defesa de Vicente, “diante das decisões proferidas até o momento, informamos que serão interpostos os recursos cabíveis, dentro do prazo legal e com base nos argumentos jurídicos pertinentes. Acreditamos na importância de seguir todos os procedimentos legais para garantir que o caso seja analisado de forma justa e equilibrada”.