Lula cobra valor bilionário prometido pelas nações ricas para preservação ambiental

Meio Ambiente

presidente Luiz Inácio Lula da Silva cobrou dos países ricos, que cumpram o Acordo de Copenhague, onde no ano de 2009 se comprometeram a destinar US$ 100 bilhões anuais às nações menos desenvolvidas para o financiamento de medidas de mitigação das mudanças climáticas, a grande quantia estabelecida como meta jamais foi alcançada. De acordo com Lula, caso o acordo não for levado a sério, as conferências da ONU para as Mudanças Climáticas (COPs) serão desmoralizadas, descredibilizando as decisões tomadas nestes eventos.

Os países se comprometeram a dar U$ 100 bilhões para os países, por ano, em Copenhague, e não deram. Agora, a necessidade é de US$ 1,3 trilhão, e tenho certeza de que não vão dar. É preciso que a gente faça uma discussão séria se queremos discutir a questão do clima de verdade, se queremos fazer uma transição energética de verdade, ou se vamos brincar“, exigiu, para acrescentar:

“Temos uma luta muito grande nessa questão do clima. Não é uma coisa pequena. Se a gente não fizer uma coisa forte, essas COPs vão ficar desmoralizadas. Porque, se aprova as medidas, fica tudo muito bonito no papel, e depois nenhum país cumpre“.

Em novembro deste ano, o Brasil sediará a COP 30, em Belém, e uma das principais metas da conferência é alcançar esse US$ 1,3 trilhão em investimentos. Na COP 29, realizada ano passado em Baku, no Azerbaijão, os países aprovaram a destinação de um total de US$ 300 bilhões por ano até 2035, bem longe da meta trilionária fechada na capital dinamarquesa, na COP 15, há cerca de 16 anos atrás. O resultado foi considerado um fracasso pelos analistas e um “insulto” pelos países em desenvolvimento.

A meta de US$ 1,3 trilhão é considerada difícil e foi admitido pelo presidente da COP 30, embaixador André Corrêa do Lago. Após ser anunciado por Lula como principal negociador da conferência, ele ressaltou que a chegada de Donald Trump à Casa Branca é um fator a dificultar ainda mais que tal objetivo possa ser alcançado. Isso porque, durante seu discurso de posse, o presidente dos Estados Unidos frisou sua antipatia em relação ao tema. Além disso, o republicano reeleito declarou que fomentará a indústria norte-americana de combustíveis fósseis.

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