s exportações totais do setor de carne bovina brasileira atingiram valores recordes em julho deste ano. Os dados foram divulgados em um balanço do 1º semestre de 2025, feito pela Associação Brasileira de Frigoríficos (Abrafrigo).
As receitas do setor alcançaram US$ 1,72 bilhão ( R$ 9,27 bilhões), um aumento de 48,4% em relação ao mesmo mês de 2024. A exportação das mercadorias chegou a 366.920 toneladas, 27,4% maior do que as 288 mil toneladas de julho do ano passado. Os valores são os maiores já registrados em um mês.
Os valores recordes foram registrados em meio aos anúncios do aumento de 50% nas tarifas dos EUA para produtos exportados do Brasil. O tarifaço feito pelo presidente americano, Donald Trump, começou a valer em 6 de agosto e inclui a carne bovina.
Apesar da tarifa não ter afetado diretamente os valores de julho na venda aos EUA, a ameaça imposta para o mês seguinte fez com que algumas indústrias suspendessem a produção destinada ao país, segundo percepção da Abrafrigo, obtidas pela CNN .
Os Estados Unidos, um dos principais compradores de carne brasileira, adquiriram cerca de 8,89 toneladas do produto em julho, por US 67,26 milhões (R$ 362,6 milhões). O valor é 166% maior que no mesmo período do ano passado, quando a receita chegou a US 25,28 milhões (R$ 136,3 milhões).
O mercado estadunidense permanece como o segundo maior importador da carne brasileira. No entanto, as vendas vêm apresentando queda, quando comparadas ao mês de abril de 2025, período em que alcançou o recorde de US$ 306 milhões (R$ 1,65 bi).
China é a maior compradora
De janeiro a julho, a China foi o principal destino da carne bovina brasileira, respondendo por 44,5% de toda a receita obtida com as exportações do setor e por 38,5% do volume total embarcado no período. As compras do país somaram 790.337 toneladas, um aumento de 14,6% em relação ao mesmo período do ano passado. Esse volume gerou US$ 4,082 bilhões, valor 33,7% maior que o registrado anteriormente.