A Escola Pública de Artes Visuais da Vila das Artes lança a oficina “Dança Florestal”, ministrada pela pesquisadora e improvisadora de dança Natália Coehl. Com 20 vagas disponíveis, a formação busca estimular o uso de uma locomoção inspirada em movimentos de animais não-bípedes. As inscrições podem ser feitas via formulário on-line até as 18h do dia 14 de agosto.
A oficina é uma realização da Vila das Artes, equipamento da Prefeitura de Fortaleza vinculado à Secretaria Municipal da Cultura (Secultfor) e gerido em parceria com o Instituto Cultural Iracema (ICI).
A iniciativa é voltada para artistas do movimento, capoeiristas, pesquisadores(as) corporais e demais pessoas acima de 14 anos que queiram ressignificar o corpo. Junto com a turma, Natália irá conduzir um diálogo corporal entre técnicas não-bípedes, brincadeiras ancestrais e saberes ecológicos.
A cada encontro, a ministrante irá propor a investigação de um sentido específico, como tato, visão, audição, olfato ou propriocepção (capacidade de reconhecer a localização espacial do corpo), fazendo uma relação ao estudo de um animal, um vegetal e um elemento natural (terra, água, fogo ou ar), fazendo das aulas uma imersão progressiva na linguagem do corpo-floresta.
Após o fim das inscrições, nesta quinta-feira (14/08), as pessoas selecionadas poderão conferir o resultado final no site da Vila das Artes. Os encontros serão realizados nos dias 18, 20, 22, 25, 27, 29 e 30 de agosto, das 18h às 21h. Nesta última data, há previsão de uma aula de campo em um local conectado à natureza como forma de conciliar os ensinamentos da oficina com o meio ambiente.
Sobre a ministrante
Natália Coehl é ecoperformer, pesquisadora e improvisadora em dança. Sua arte transita entre artes cênicas e visuais para investigar o corpo, a natureza e o transe. Mestre em Artes pela Universidade Federal do Ceará (UFC), com a dissertação “7 Ritos de Passagem de uma Bruxa Urbana: Performances para germinar floresta em um corpo pavimentado” (2023). Natália desenvolveu obras como PET (2014), Pachamama (2015), Descarto-me (2016), Resistência (2016), Impermanência (2017), A Morte da Bonitinha (2018) e Cavalgada Selvagem (2018)