China: surto de chikungunya deixa população em alerta

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Clima abafado, chuvas diárias e a ameaça que vem de um mosquito. Esse é o cenário que moradores da cidade de Foshan, no sudeste da China, estão enfrentando nos últimos dias. Um surto de febre chikungunya já infectou 478 pessoas na região, segundo autoridades locais. As informações são da agência de notícias oficial China News Service.

A doença, que não é nova, vem ganhando terreno em áreas onde antes era rara. O primeiro caso detectado na cidade foi importado – alguém que havia viajado para outra região e voltou infectado. Desde então, o vírus se espalhou rapidamente, impulsionado pelas condições climáticas da região, que estão longe de colaborar.

“Todo mundo está com medo. A gente passa repelente até dentro de casa”, contou Li Xei, de 42 anos, moradora de um bairro popular de Foshan. “Tem criança com febre na escola da minha filha. É assustador.” Informou a imprensa local.

O que é a febre chikungunya?

Transmitida pelo mosquito Aedes aegypti (o mesmo da dengue), a chikungunya causa febre alta repentina, dores intensas nas articulações, manchas vermelhas na pele, fadiga e dor de cabeça. Os sintomas costumam aparecer entre dois e sete dias após a picada. A doença pode deixar sequelas articulares que duram meses e até anos.

Não existe vacina nem tratamento específico. O cuidado é basicamente aliviar os sintomas, com bastante repouso, hidratação e analgésicos. Médicos locais alertam que o uso de aspirina deve ser evitado, para não agravar possíveis sangramentos.

Desde que os primeiros casos foram confirmados, as autoridades de saúde intensificaram campanhas para eliminar criadouros do mosquito.
“Estamos preocupados com o avanço rápido e tentando conter antes que vire algo maior.” Informou um funcionário da prefeitura.

Por enquanto, os casos estão concentrados em Foshan, mas o temor é que o vírus avance para cidades vizinhas, ou até mesmo para grandes centros urbanos. A recomendação para quem vive ou viaja pela região é clara: use repelente, evite água parada e procure atendimento médico ao primeiro sinal de alerta.

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